Evento “Elas Acessam” promove roda de conversa para debater violência contra a mulher

Encontro organizado pelo MJSP teve participação de Maria da Penha e lançamento da revista em quadrinhos da "Turma da Tina” sobre violência doméstica

Em comemoração ao Mês da Mulher, a Secretaria de Acesso à Justiça (Saju), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), realizou, no dia 29 de março, o evento “Elas Acessam”. O objetivo do encontro foi promover a interlocução entre o poder público e a sociedade civil para debater políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres e a supressão de direitos por gênero.

O evento teve o formato de roda de conversa e contou com a presença virtual da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta e do combate à violência contra a mulher, cuja história de superação, após ser agredida em casa pelo marido, deu origem à Lei 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha.

Segundo a idealizadora e diretora de Promoção de Direitos (Diprodi) da Saju, Roseli Faria, o formato do evento previu a interatividade entre convidados e o público, reiterando o protagonismo da Secretaria na promoção efetiva do acesso à justiça pelas cidadãs e cidadãos, em especial aos grupos vulneráveis.
Revista em quadrinhos

Durante o evento também foi lançada uma revista em quadrinhos da "Turma da Tina". A HQ é voltada para público infanto-juvenil e aborda o tema violência doméstica e familiar contra mulheres. O produto é uma parceria entre o MJSP e o Instituto Mauricio de Sousa.

O Instituto Mauricio de Sousa foi fundado em 1997, com o foco na realização de projetos, campanhas e ações sociais. Por meio de uma linguagem clara e lúdica, o IMS desenvolve conteúdos, estimula o desenvolvimento humano, a inclusão social, o incentivo à leitura, bem como promove o respeito entre as diferenças, a formação de cidadãos conscientes e conhecedores de seus deveres e direitos.
O evento também foi transmitido pelo canal do YouTube do MJSP.


Acesso à justiça

“Por meio da Saju, queremos representar esse canal de acesso à justiça e a promoção de direitos, que assegura o diálogo entre o governo e a sociedade, especificamente aos grupos vulneráveis e, no caso do Elas Acessam, queremos criar um ambiente onde a mulher possa ter voz e vez e seus direitos protegidos. Afinal, nós somos a Secretaria de Acesso à Justiça, nada mais propício que abrir as portas da casa de maneira franca, por meio de uma roda de conversa”, destaca Roseli.

Segundo pesquisas realizadas no Brasil para medir os índices de violência contra a mulher no país, dentre os principais crimes destacados por gênero estão as violências físicas, verbal e psicológica. Entre elas, a violência sexual, doméstica e ataques virtuais, além de discriminação no campo profissional em comparação aos homens, passando também pelo corte racial, ou seja, mulheres negras sofrem mais violências comparado com as brancas.