Números constam do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE
As medidas de mitigação dos impactos provocados pela pandemia do coronavírus (Covid-19) no setor de eventos de cultura e entretenimento continuam dando resultados positivos. Prova disso é que a estimativa de consumo no setor de recreação atingiu, nos primeiros sete meses do ano, a marca de R$ 66.5 bilhões, registrando o melhor resultado dos últimos cinco anos para o período. Os números constam do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE.
O estudo utiliza como base dados do Ministério do Trabalho e Previdência e IBGE, e comprovam a importância de se consolidar as conquistas do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), criado para proporcionar segurança e proteção ao segmento de cultura, turismo e entretenimento afetado pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
O índice representa, também, números 14,1% superiores ao mesmo período de 2022. Só em julho, a estimativa de consumo no setor chegou a R$ 9.75 bilhões, o melhor mês desde que a série histórica deste indicador iniciou. O Radar ABRAPE leva em consideração o peso atribuído mensalmente pelo item Recreação do Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e a massa de rendimento real mensal dos trabalhadores aferidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD/M), do IBGE.
“Esses números atestam a importância do PERSE, em vigor desde maio de 2021, que permitiu uma rápida retomada do setor após o longo período de paralisação provocado pela pandemia do coronavírus. Ofereceu segurança jurídica, tributária e econômica para que pudéssemos voltar a gerar empregos e movimentar a economia em todo o país”, reforça o empresário e presidente da ABRAPE, Doreni Caramori Júnior. O hub do setor de eventos no país abrange 52 atividades econômicas como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem, etc.
The Town - Doreni reforça o impacto econômico e social do setor de eventos. A primeira edição do festival The Town deve atrair meio milhão de pessoas, gerando uma movimentação financeira de R$ 1,7 bilhão na capital paulista, por exemplo. O evento acontece no Autódromo de Interlagos, e tem a participação de artistas nacionais e estrangeiros. Outro caso é a Festa do Peão de Barretos, que movimentou, em agosto, R$ 900 milhões, mesmo volume registrado na edição de 2019. “O evento gerou aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos em uma extensa cadeia de atividades como hotéis, pousadas e comércio daquela região”, frisa o presidente da ABRAPE.
E completa: “Sem o PERSE isso não teria ocorrido dessa forma, em um tempo curto desde o final da crise da pandemia”. O PERSE é o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186). Abrangem cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades.
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