*Por Rodger Augusto
No cenário atual, em que a busca por experiências memoráveis tem se tornado uma demanda cada vez mais presente entre os consumidores, o universo dos parques de diversões também está se reinventando. Não se trata apenas de oferecer momentos de entretenimento e diversão, mas sim de criar uma atmosfera na qual cada visita se transforme em uma jornada inesquecível.
Testemunho de perto essa transformação e a crescente tendência de integrar o entretenimento ao varejo de experiências, que pode ser definido como um conjunto de iniciativas inovadoras e essenciais dentro do processo de desenvolvimento de uma marca ou produto.
O varejo de experiência (experiential retail) é uma perspectiva que parte da premissa de que o cliente requer espaços que ofereçam não apenas produtos, mas imersões. Estamos diante de um consumidor que não mais se contenta com o mero comprar.
Hoje em dia, os parques de diversões não estão mais limitados a proporcionar apenas momentos de adrenalina e diversão. Eles evoluíram para se tornar centros de experiências, onde cada atração é cuidadosamente planejada para cativar e envolver os visitantes. A ideia é ir além do convencional, oferecendo uma imersão completa em um mundo de sensações e emoções.
Assim como as lojas-conceito no varejo, que buscam criar ambientes únicos e marcantes para os clientes, os parques de diversões estão investindo cada vez mais em experiências sensoriais, temáticas e interativas.
Outro aspecto fundamental dessa transformação é a preocupação com a inclusão e a diversidade. Alguns parques de diversões estão se mobilizando e proporcionando experiências para pessoas com necessidades especiais, como atrações 100% inclusivas, garantindo que todos, independentemente de suas limitações físicas ou cognitivas, possam desfrutar plenamente das atrações.
O envolvimento com questões sociais e ambientais também integra este pacote. Nos dias atuais, as empresas são cobradas não só pelo que produzem ou vendem, mas por seus posicionamentos em temas que transcendem a atuação empresarial. Trata-se de uma abordagem por vezes delicada, mas irrenunciável.
Parcerias também são formas de experiências que turbinam a percepção de mercado. Chamadas de cobranding, ainda têm a vantagem de permitir a troca de experiências entre os próprios staffs das empresas envolvidas.
O objetivo final é garantir que todos os visitantes sintam-se bem-vindos e tenham a oportunidade de se divertir e criar memórias junto com seus amigos e familiares. Isso colabora para o fortalecimento da marca.
Uma marca forte é aquela que consegue proporcionar um efeito marcante no cliente, gerando uma lembrança única e duradoura. O marketing sensorial é uma das alternativas para proporcionar uma lembrança no consumidor, não escolhendo um produto baseado apenas no seu valor funcional, mas sim no que ele representa e pelos valores expressos por ele ou pela marca.
Quando falamos em parques de diversões, temos que pensar além de uma simples diversão em uma montanha-russa. A busca por novas formas de integrar o entretenimento ao varejo de experiências não vai parar por aqui. Os parques seguirão evoluindo e sendo pontos de encontro para os visitantes se conectarem e criarem memórias que durarão para sempre.
Rodger Augusto
CEO da Coney Island Park