No Beach Park, Integrantes da Abrame e do Centro Integrado de Reabilitação de Maracanaú vivem um dia de inclusão e alegria

Na última terça-feira (4), o Natal chegou mais cedo para milhares de pessoas em todo o Brasil que puderam, muitas pela primeira vez, experimentar a alegria e as aventuras de estar em um parque de diversão. A ação, alusiva ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e promovida pelo Sistema Integrado de Parque e Atrações Turísticas (Sindepat), aconteceu em 80 parques brasileiros e levou cerca de 15 mil pessoas com deficiência para um dia cheio de brincadeira e aventuras.

Essa foi a nona edição do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência em Parques Temáticos e Atrações Turísticas, que ocorre anualmente no início de dezembro. A ação, realizada em parceria com a Associação dos Parques de Diversões do Brasil (Adibra), leva gratuitamente centenas de instituições em todo o país que se dedicam à causa para conhecer os parques associados, como forma de garantir o lazer como direito fundamental a todos e todas.

A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1982, com o objetivo de promover maior inclusão e visibilidade para quem faz parte do um quarto da população mundial que possui algum tipo de deficiência.

Só no Beto Carrero, 23 instituições foram convidadas, atendendo quase 1600 crianças. Já no Hot Park, receberam 16 instituições, somando mais de 3.100 crianças, que passaram o dia se divertindo nos brinquedos dos parques.

No Ceará, Integrantes da Sala de Recurso Multifuncional, da Abrame e do Centro Integrado de Reabilitação de Maracanaú visitaram o Beach Park, em Aquiraz, e brincaram durante todo o dia no Aqua Park, após concentração em um momento especial com o embaixador da ação no estado, o advogado, paratleta e militante pela causa das pessoas com deficiência, Emerson Damasceno.

Durante a ocasião, Emerson ressaltou a importância de assegurar os direitos para todos, inclusive o direito ao lazer. “Muitas pessoas esquecem que dentro dos direitos humanos está o direito ao lazer e a se sentir incluído na sociedade. As pessoas não são deficientes, e sim as festas, colégios, lojas, eventos, espaços não adaptados para nós. Por isso, momentos de inclusão como esse são muitos importantes, especialmente para as crianças, para que saibam desde sempre que elas têm direito sim a ocupar todos os espaços”, afirmou o ativista.

Presidente da Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal (Abrame), Fátima Braga foi uma das mães que comemorou a oportunidade. Mãe de Lucas, de 13 anos, ela contou que, por conta da rotina atribulada de cuidados com os filhos, são poucas as oportunidades em que as famílias conseguem se reunir. “Momentos como esse são únicos porque permitem que as mães, os pais e os filhos apenas curtam o dia juntos, lembrando que nossas crianças merecem se divertir como qualquer outra criança”, comentou, emocionada.

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